Que darei eu ao Senhor
Felipe Rodrigues
O autor do salmo 116 é anonimo, porém a mensagem que este salmo transmite é conhecida e viva até os dias atuais.
O salmista expressa neste salmo a verdadeira adoração como resposta de agradecimento a Deus pelo seu ser e também por tudo que o Senhor Deus faz. No verso 12 o salmista se expressa : “Que darei eu ao Senhor? “. Esta parte do texto nos induz a um pensamento de que Deus é tao imensurável que tudo que fizermos a Ele é mesmo que nada. Este pensamento não está errado, mas o que o autor mesmo quer transmitir é o fato de '' caçar '' meios para demonstrar o agradecimento ao Senhor.
Os meios de agradecimento somente são conhecidos no verso seis quando analisamos o termo “darei” na língua hebraica. “Darei” - Heb = SHUV > Sig: Cavar; Circuncidar ; Construir e Quebrar.
Cavar – Em genesis 26.18 esta escrito : “ E tornou Isaque , e cavou os poços de água que cavaram nos dias de Abraão , seu pai , e que os filisteus taparam depois da morte de Abraão , e chamou – os pelos nomes que o chamara seu pai.”
Isaque neste texto demonstra um meio de agradecimento a Deus ao cavar os poços que estavam entulhados. Esta atitude honrara a Abraão seu pai e também ao Senhor Deus que fizera uma aliança com sua família.
Circuncidar – Em genesis 17.10 está escrito : “ Este é o meu concerto , que guardareis entre mim e vós e a tua semente depois de ti: Que todo macho será circuncidado. “
O Senhor Deus fizera uma aliança com Abraão e toda sua descendencia e como marca desta aliança propusera ao Patriarca a circuncisão que representava no minimo 3 coisas a saber : limpeza; separação e quebrantamento. Limpeza pelo fato do órgão genital masculino ser melhor higienizado. Separação, pois distinguia um descendente de Abrãão de um gentio. Quebrantamento, porque a circuncisão tambem é interpretada como “rasgar” e este termo é usado pelo apostolo Paulo que a circuncisão na nova aliança é rasgar o coração em sinal de quebrantamento, cl 2.11.
Construir – Em neemias 2.5 está escrito : “ e disse ao rei : Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique.
Neemias quisera demonstrar a Deus o quanto o amava e a sua preocupação com a cidade santa que propusera edifica-la, construi-la , pois era a “cidade de Deus” e estava devastada. Isto o levou a sair do palacio para trabalhar de “pedreiro”.
Quebrar – Em marcos 14.3 está escrito : “ E , estando ele em Betania assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço , e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
Esta mulher deu a Jesus o que aos olhos de todos era de muito valor. Isto mostra que ela quebrou algo valioso por Jesus em sinal de agradecimento.
Querido leitor este pequeno esboço serve para lhe dar base para futuras palestras, ministrações e daí por diante.
As aplicações tanto na concordancia biblica quanto para os dias atuais não estão presente neste sermão propositalmente. Isto faz com que você leitor desenvolva-o e na unção do Espírito possa impactar quem lhe ouvir.
Que o Eterno abençoe a todos!
Baruch Ha Shem
Professor Felipe Rodrigues
Evangelho Segundo João
Marco Aurélio de Queiroz
“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. (1.1)
Por que gosto de textos poéticos? Ora, porque são carregados de sentidos, porque nos permitem olhar as coisas com olhos encantados (ou desencantados) pela vida.
Embora o texto comece de forma semelhante ao primeiro versículo da bíblia, aqui o gênero é outro. Gênesis 1 é puramente narrativo. Já o texto de João contém uma tese, logo é dissertativo. O estilo Joanino quer argumentar, ou melhor, contra-argumentar a discussão grega do Logos. É uma prosa poética com elementos Cristológicos interessantíssimos.
Esse texto sempre me encanta pelo modo como inicia, como brinca com o tempo que é anterior ao tempo, e ele vai usar esses elementos para introduzir uma ideia: “Uma coisa pode ser anterior ao princípio de si mesma”.
Deixe-me explicar (se é que consigo) o que quero dizer. Falemos primeiro sobre a arquitetura do tempo. Abraham Joshua Heschel para confundir ainda mais, disse o seguinte:
“Realidade, para nós, é coisidade, e consiste de substâncias que ocupam espaço; mesmo Deus é concebido pela maioria de nós como uma coisa. O resultado de nossa coisificação é nossa cegueira a toda realidade que deixa de se identificar como uma coisa, como um fato real. Isto é óbvio em nosso entendimento do tempo, o qual, sendo desprovido de coisa e de substância nos aparece como se não tivesse realidade.”
Antes do Verbo se substantivar ele já existia na locução adverbial de tempo “no princípio”. Antes dos arquês e dos bereshits. Da mesma forma, como em Gênesis 1, na narrativa da criação, antes do Kosmos vir à existência pela palavra, o Verbo. Antes do Fiat lux, do haja luz. Isso explica, em João, o fato de Jesus Cristo ser anterior a João, o batista, mesmo sendo 6(seis) meses mais novo que ele. Os versículos de 1 ao 5 dão suporte aos versos de 6 a 8 e conclui: “Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz”.
Agora lhe pergunto: Como a luz que veio ao mundo já estava no mundo? Pelo princípio já apresentado: “Uma coisa pode ser anterior ao princípio de si mesma”. Para isso , essa coisa deve ser o próprio princípio das coisas.
O Apocalipse revela: Ele é o Alfa, o princípio.
Marco Aurélio de Queiroz
Relacionando-se com Jesus
Lucimar de Oliveira
Será possível conviver com uma pessoa sem, realmente, conhecê-la? Quando o assunto é nosso relacionamento com Cristo e a nossa fé, isso parece possível. Tal evidência fica patente quando analisamos o contexto geral que envolve o relacionamento dos discípulos com o Senhor Jesus, Lc 8. 22-25; 24. 13-46.
1. Marta hospedava Jesus em sua casa, mas não o conhecia, Jo 11. 22.
Quando dizemos que Marta não conhecia Jesus, mesmo sendo amigo íntimo da família, não queremos dizer que o Senhor lhe fosse estranho; não, não é isso. Ela não o conhecia como Deus. Isso fica evidente no termo que ela usa, quando disse: “Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”. O verbo grego usado por Marta foi “aiteõ” (pedir, suplicar, rogar) e sugere que o suplicante - neste caso, Jesus – seja inferior ao suplicado – Deus, o pai. Teria Marta se expressado mal? ou, havia ela identificado em Jesus apenas sua natureza humana?
a) Uma fé vacilante
Ao que parece, Marta tinha uma fé vacilante; pois, primeiramente assevera: “... Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”, v. 21. Depois, ao ouvir de Jesus “teu irmão há de ressuscitar”, v. 23, responde: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia”, v. 24. Após ouvir do divino Mestre: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto”?, ela responde: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o filho de Deus, que havia de vir ao mundo”, vv. 25,26,27.
Quão difícil é lidar com uma fé que oscila. Ora crê em sua totalidade; ora descrê totalmente!
Foi necessário que o Senhor Jesus trouxesse à lembrança de Marta quem Ele era – o EU SOU, Jo 8.24,58 cf. 11.25,26 – para que sua fé se fundamentasse, v. 27.
2. Seus discípulos também tinham dificuldade em reconhecê-lo, Mt 8.23-27; Mc 4.35-41; Lc 8.22-25.
Os três textos acima fazem menção de uma tempestade que se levantou no Mar da Galiléia, enquanto Jesus e seus discípulos faziam a travessia de Cafarnaum para Gadara. Ao ser despertado do sono pelos discípulos amedrontados, Jesus repreende o vento e o mar e tudo se torna em bonança. Então eles se perguntam: “Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem”? Tal expressão indica que, apesar de estarem juntos com Jesus, não o conheciam totalmente. Outros textos sugerem tal argumento. Por exemplo: Lucas 24 a partir do versículo 13 menciona o fato ocorrido com dois discípulos que retornavam para casa – no dia da Ressurreição do Senhor – e que, de repente, enquanto conversavam sobre o episódio acontecido no final de semana em Jerusalém, junto deles aparece um terceiro viajante que lhes pergunta: “Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós e por que estais tristes”? Como pensavam que aquele caminhante fosse apenas mais um peregrino vindo de Jerusalém, se admiraram de que não tivesse conhecimento dos acontecimentos que lá se desenrolaram. Então um deles lhe pergunta: “És tu só peregrino em Jerusalém e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias”? Pergunta o viajante: “Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo...”, Lc 24.17-19. Quanta dificuldade para crer! Os caminhantes de Emaús viam em Jesus apenas um profeta; os discípulos do barco viam-no apenas como homem. Aos primeiros, uma repreensão: “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram”!, v. 25.
Amigo leitor, você sabe quem é Jesus?
Conclusão
É lastimável o fato de que alguns cristãos não tenham conhecimento mais profundo a respeito d’Aquele que é seu Salvador e Senhor, pois a Bíblia revela quem realmente é Jesus. Pode-se entender o porquê dessa falta de conhecimento a respeito da pessoa de Cristo por alguns cristãos: preguiça intelectual - não têm o hábito de examinar as Escrituras, por não ser dados ao costume da leitura -; indiferença para com as coisas espirituais e a última - tão perigosa quanto a anterior -, a incredulidade. Vale aqui um convite especial do profeta Oséias, que diz: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...”, Os 6.3.
Lucimar de Oliveira
Que sociedade é essa que estamos vivendo?
Luis Artur
Que sociedade é essa que vivemos hoje é difícil determinarmos a sociedade em que vivemos, há quarenta anos ou mais nós conseguíamos determinar um padrão de sociedade estável e sólida, com padrões fixos e estabelecidos que norteavam a vida da sociedade e configuravam o homem moderno.
A modernidade foi marcada pela pressuposição da racionalidade onde o homem no poder da sua racionalidade colocava-se como o messias do seu tempo.
A modernidade foi marcada pela maioridade racional do ser humano onde ele se liberta da tutela do Sagrado e passa a ser o senhor da história e o deus de seu tempo.
Buscavam-se pelo uso da racionalidade as respostas para todas as questões humanas e soluções para os seus problemas e dramas, na busca de um progresso humanístico aonde o homem chegaria a um estágio de progresso e prosperidade para a humanidade.
O homem passou a ser a medida de todas as coisas, mas o que história mostrou é que houve um fracasso de tal projeto humanístico onde a divindade de tal projeto a razão falhou em seu projeto. Tal fracasso causou no homem uma mal estar existencial, pois o projeto racional falhou em seu intento e deixou o homem como que numa espécie de vaco existencial que precisaria ser resolvido.
Pois o homem não está acostumado a tal situação angustiante sempre está em busca de um padrão último que lhe possa dar um norte para sua própria existência.
Diante deste fracasso surge então a pós-modernidade que é difícil datarmos quando começou, mas os estudiosos dizem que começa com a derrubada do Muro de Berlim o que ocorreu em 1989.
É o marco da nova fase da sociedade que sai da modernidade para a pós modernidade, a grosso modo é a negação dos pressupostos da modernidade, ou seja, é a morte da racionalidade para colocar o subjetivismo humano no controle da história humana.
Os pressupostos da pós modernidade está calcado como dissemos no subjetivismo que é caracterizado ou composto pelo seguintes elementos: - individualismo; - relativismo; - pluralismo; - pragmatismo.
O homem moderno está formatado ou conformado dentro desta estrutura pós moderna que governa a sociedade global.
A pós modernidade trouxe também uma nova proposta estrutural para a sociedade global que é a ideia de sociedade liquido ou modernidade liquida.
É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza e insegurança.
A proposta é que a sociedade liquido não tem mais a rigidez da modernidade, mas um processo criativo continuo onde assim como água altera a sua forma onde ela cai assim deve ser a sociedade ele deve se conforma dentro de seu tempo abandonando toda e qualquer rigidez ou padrões absolutos da modernidade.
Não há espaço dentro desta sociedade para padrões fixos por que isso significa um entrave para a criatividade destruidora deste período que tem sua produtividade marcada pela flexibilidade para melhorar a sociedade liquida.
Bom você deve está se perguntando o que isso tem haver com a igreja? Bom a resposta é tem tudo haver, pois estamos sendo afetado por essa proposta humanística que tem como objetivo a derrubada dos padrões fixos.
Explicaremos melhor, nós somos regidos pela Palavra de Deus que é a verdade absoluta, portanto é nosso padrão último para moldarmos a nossa vida, portanto a Palavra de Deus é um padrão fixo que não poder ser mudada ou relativizada para se conforma a sociedade.
Essa sociedade liquida como já definida acima é volátil e isso é um paradoxo em relação a nossa fé calcada nos padrões fixos estabelecidos na Palavra de Deus, infelizmente a própria igreja se tornou liquida, pois nós não podemos dizer que é a mesma, pois estamos mudando e pior nos moldando a essa sociedade liquida que prima pela individualidade e liberdade do homem, que passa a ser o gestor da sua própria vida sem ter que dar satisfação há ninguém muito menos a qualquer tipo de divindade, até porque a fé é privatizada cada individuo molda sua fé em sua própria divindade criada por ele mesmo.
Portanto como diz Paulo temos que discernir o nosso tempo para podermos nos defender e defendermos a igreja contra essas ideologia e práticas que nos afasta do nosso Deus.
E do nosso alvo maior, vivermos para fazermos a vontade de Deus e não vivermos para nós mesmos como é a proposta da sociedade liquida.
Por: Luis Artur
Formação:
Curso básico em Teologia pela ESTE;
Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia Latino Americana;
Curso Grego e Hebraico pela Igreja Batista.
Contatos:
11 | 987270377
arturcandido@yahoo.com.br
Necessidade da interpreta da interpretação bíblica
Luis Artur
2 TM.2:15
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
(Versão ARA, Grifo nosso)
Com esse texto nós queremos refletir neste artigo a necessidade da interpretação bíblica em nossos dias.
Neste texto Paulo deixa claro para Timóteo a grande necessidade que há da interpretação bíblica em seu dizer é para que o obreiro não tenha de que se envergonhar, ou em outras palavras, o obreiro que faz o seu trabalho de maneira displicente em relação a interpretação bíblica , porque é disto que diz o texto sobre interpretação, se envergonhará diante de Deus e dos homens.
Estamos vivendo neste século o período da informação onde tudo acontece muito rápido a informação ela acontece em tempo real, coisa que no século passado não era assim, a informação demorava muito para chegar até as pessoas, o que dava aos pregadores do passado certa tranquilidade na hora da pregação porque seus ouvintes não os questionavam em relação aquilo que acabara de pregar.
Hoje já não acontece mais isso, pois, nossos ouvintes tem informação em tempo real e pode questionar a pregação que acabará de ouvir e questionar o conteúdo da pregação.
Hoje não da mais para usar o método de interpretação pastel, explico, são pregadores que acham que a interpretação vem na hora da exposição da mensagem, em português bem claro são pregadores preguiçosos que não querem debruçar-se sobre as Escrituras para interpreta-las de foram correta para trazer uma mensagem com conteúdo bíblico teológico para a igreja.
O que se verifica neste tipo de pregadores são mensagens produzidas não no processo racional, mas sim aflora a imaginação do pregador que deixa fluir todo conteúdo da sua imaginação. O que é extremamente prejudicial para a formação e o desenvolvimento espiritual da igreja.
São mensagens pobres sem conteúdo bíblico e teológico, são mensagens que não levam em consideração nenhum processo de interpretação bíblica. E que muitas delas carregam um grande teor herético o que extremamente perigoso.
O que leva a tal situação é a falta de preparo desses pseudo pregadores que em busca de fama e projeção no circulo evangélico trazem mensagens sensacionalistas com grande apelo emotivo.
Portanto a grande necessidade de interpretação bíblica é que os pregadores precisamos trazer mensagens centradas em Cristo para trazer para o povo um crescimento bíblico teológico que os preparará para dar resposta da sua fé nessa sociedade pós moderna.
No próximo artigo falaremos mais deste assunto sobre a necessidade da interpretação bíblica, neste artigo que serve de introdução para os outros artigos, fica claro que a grande necessidade da interpretação bíblica é preparar o povo com conteúdo bíblico teológico para atuar na evangelização de forma eficaz.
Por: Luis Artur